Há formas, mais ou menos, subtis de copiar um logotipo, recorrendo a variações do desenho original, alterações na organização dos vários elementos da imagem ou mudanças ao nível das tonalidades e cores. E depois, há casos como este, em que basta olhar para a imagem para, de imediato, se descobrirem as poucas diferenças: todo o formato foi mantido, apenas houve uma alteração de cor relativamente ao logotipo original.
A “vítima” é a centenária companhia ferroviária portuguesa CP – Comboios de Portugal, que viu a sua imagem ser utilizada como logotipo de uma empresa americana recém-fundada, a Crypster. E desengane-se se imagina que houve algum tipo de coincidência acidental que possa ter ocorrido aos criativos americanos: toda a imagem, incluindo o tipo de letra, é praticamente impossível de distinguir, com a exceção da cor.
O logo original da CP tem como cor de fundo o verde, enquanto o da empresa americana, da área tecnológica, apresenta como cor de fundo o roxo. Perante tão esmagadoras semelhanças, a companhia portuguesa agiu rapidamente e terá mesmo dado instruções aos seus advogados para mover uma ação judicial contra a Crypster.
Por ter agido imediatamente, a CP condicionou, desde logo, a ação dos infratores que, em pouco tempo, optaram por retirar da Internet todas as imagens do polémico logotipo. Em simultâneo, foram eliminadas as contas da empresa americana no Twitter e no Facebook, havendo uma forte probabilidade dessa remoção ter sido efetuada pelas próprias redes sociais, a pedido da CP e dos seus representantes legais.
É um excelente exemplo de como devem agir os titulares dos direitos de propriedade intelectual, perante situações de abuso. Em certa medida, até pode ser relativizada esta ameaça, pois a empresa em causa é um negócio recente e, aparentemente, de pequena dimensão e pouco expressiva no setor. Mas, em matéria de propriedade intelectual, nenhuma ameaça é demasiado pequena, ou demasiado distante.
De igual modo, este caso alerta os empresários e empreendedores para a necessidade absoluta de protegerem os seus direitos, não apenas em Portugal, mas também a nível da União Europeia e noutros mercados internacionais. O seu negócio é, cada vez mais, global e, por mais longínquo que seja um abuso dos seus direitos, acabará sempre por resultar em perdas significativas para a sua atividade. Na Atual Marcas zelamos pelos interesses e direitos dos nossos clientes, em qualquer parte do mundo. Ajudamo-lo a definir uma estratégia para implantação de marca, assegurando total apoio no processo administrativo de registo, de modo a salvaguardar sempre a sua propriedade intelectual.
