Os direitos de autor são uma das principais fontes de receitas dos artistas, especialmente no domínio da música, onde podem gerar rendimentos elevados a longo prazo, garantindo aos criadores musicais uma fonte de receitas que se prolonga até uma idade mais avançada, quando muito provavelmente já não têm energia para realizar atuações ou gravação de novas músicas, ou até depois da sua morte.
Nessa área, há um nome que sobressai pela estratégia abrangente que adotou para valorizar o seu património artístico. Taylor Swift é uma estrela pop mundial que, além de regravar os seus próprios álbuns antigos e de esgotar concertos por onde quer que passe, se tem destacado pela forma inovadora de proteção da sua obra artística, assegurando não só os seus direitos de autor, mas também todo o universo criativo que a rodeia, incluindo os nomes dos álbuns e de tournées, títulos de canções e, também, expressões usadas nas letras das músicas que compõe.
Como? Efetuando pedidos de registo de marca relativamente a esses títulos de temas musicais, discos, digressões e, também, expressões características e frases incluídas na letra das canções. Dessa forma, está a garantir exclusividade e controlo sobre essas expressões e nomes, reservando para si e para as suas empresas o seu uso para fins comerciais, quer sejam produtos ou serviços.
Por norma, os artistas limitam-se a proteger as letras e títulos das suas obras musicais através dos chamados direitos de autor, que abrangem melodias, letras, bem como outros elementos musicais presentes na sua composição. Mas a cantora Taylor Swift e a sua equipa vão mais longe, adicionando uma outra camada de proteção que impede o aproveitamento do seu trabalho por terceiros. O título de álbuns, como “Speak Now Taylor’s Version”, de músicas como “Shake It Off”, de digressões como a mais recente e bem-sucedida “Taylor Swift The Eras Tour”, a alcunha “Swifties” que apelida os seus fãs, ou mesmo a frase “’Cause we never go out of style“, estão entre os conteúdos convertidos em marcas, tanto a nível dos Estados Unidos da América, como a nível de outros territórios internacionais, como é o caso da União Europeia.
Quem utilizar com finalidade comercial os nomes das suas músicas e álbuns, ou mesmo excertos da letras que tenham sido registados pela artista, estará a infringir as leis de proteção de propriedade intelectual. Desta forma, Taylor Swift garante controlo comercial quase total sobre a sua obra, impedindo que se usem indevidamente as suas marcas em materiais tão diversos como produtos digitais, t-shirts, bolsas e capas para telemóveis, instrumentos musicais, livros, pósteres e até mesmo serviços de entretenimento.
Neste caso, trata-se de um investimento elevado, ao alcance de uma artista internacional, mas revela bem a importância de uma estratégia global ao nível das marcas, pensando mais além e preservando investimentos futuros. Na Atual Marcas trabalhamos em conjunto com o cliente para definir uma estratégia voltada para o futuro, antecipando cenários que poderão rentabilizar os seus ganhos com a marca e valorizar exponencialmente a sua propriedade industrial.